Imagine que você queira saber se determinado tratamento para depressão oferece melhor resultados no humor das pessoas. Um passo fundamental é separar os grupos de forma em que, homogeneamente, um grupo receba um tratamento (padrão ouro) e outro receba o novo tratamento.
A hipótese do pesquisador é que o novo medicamento é mais efetivo do que o atual, mas a hipótese nula é que não há diferença. Certamente, ao fim da pesquisa é ainda possível desvendar que o novo tratamento chega a ser pior! do que o atual, como foi no caso da fosfoetanolamina.
Este tipo de pesquisa é classicamente uma pesquisa experimental, onde há dois grupos distintos, em que apenas um recebe a variável de interesse, que se chama Independente (VI), e os resultados são medidos e comparados por técnicas estatísticas paramétricas ou não paramétricas, visando rejeição da hipótese nula! Neste desenho, os grupos não devem ser diferentes no primeiro momento, antes da introdução da variável independente.
Em alguns momentos, é importante lembrar que a variável independente pode existir em condições naturais, em um desenho muito similar ao experimental, que recebe o nome de “quasi-experimental”. Por exemplo, medir o efeito das horas de sono no tempo de reação é possível e isso pode ser feito ao alocar pessoas que, habitualmente, dormem pouco e compará-las com pessoas que, habitualmente, dormem muito.
Neste desenho, mesmo sabendo que os grupos também não devam ser diferentes na maior parte das variáveis, um dos grupos já possui a VI em questão, não sendo necessário sua introdução.
A utilização de um instrumento é muito atrelada à capacidade que ele possui em dar diagnósticos corretos, seja no caso da existência de uma patologia (sensibilidade), seja no caso da inexistência desta condição (especificidade).
Em ambos os casos, deixamos um tutorial introdutório de como os dados devem ser analisados em outro vídeo cuja parceria entre ANOVA, IBNeuro e IBNeC mostra resultados positivos.
Um forte abraço,
Luis Anunciação
Psicometria (PUC-Rio)