Vamos direto ao ponto: o conceito de nível de medida não é tão fácil quanto a gente costuma falar que é. Isso tem uma explicação que merece ser trazida à cena. Desde a época dos primeiros estudos científicos em Psicologia, a “cientificidade” das pesquisas era questionada por todos os lados. Argumentos variados diziam que o método era incorreto, que o objeto ou era de difícil acesso ou que não era mensurável, etc: “Será que é possível medir algo tão subjetivo quanto o processo sensorial?”
A resposta oficial veio em 1946, pelo psicólogo e psicofísico Stanley Stevens, com o artigo On the Theory of Scales of Measurement. Stevens utilizou o conceito de “propriedades matemáticas possíveis” para dividir as variáveis e construiu uma tabela bastante simpática:
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Sem a pretensão de substituir esta tabela, resolvi deixar uma versão em português e com exemplos práticos de pesquisa. Você irão reparar que eu deixei sugestões de gráficos que podem ser feitos em cada um dos níveis de medida. Como o próprio nome diz, são “indicados” e não obrigatórios!
Apesar de lembrar que um conceito complexo como este não é totalmente descrito em uma tabela, espero que ela traga uma ajuda na resolução das (múltiplas) dúvidas que sempre surgem sobre o tema.
Um forte abraço a todos