População, amostra e estatísticas

Quando falamos a palavra “estatísticas“, não estamos nos referindo à área, mas aos resultados advindos de pesquisas amostrais. Neste sentido, cabe sempre fazer a pergunta sobre: “O quão válido são estes resultados?!” e aqui irei dar algumas respostas conceituais que são feitas ao início de qualquer investigação científica.

Por razões de tempo, dinheiro, planejamento e recursos humanos, torna-se inviável realizar pesquisas populacionais. Desta forma, uma parte da população é selecionada e recebe o nome de “Amostra”. Pesquisas bem feitas, necessariamente, coletam dados de uma amostra representativa.

O termo “Amostra representativa” é muito importante e, na minha opinião, é um dos principais garantidores da qualidade da pesquisa e de suas inferências. Para que uma pesquisa amostral tenha o mesmo alcance de uma pesquisa realizada em todos da população (pesquisa censitária), é fundamental que os indivíduos que compõe a amostra tenham sido selecionados a partir de técnicas adequadas que, quase sempre, residem no que chamamos de “Método probabilístico”.

Abaixo há um esquema que organiza as técnicas que compõe este procedimento:

Evidentemente, existem níveis de seleção e isso pode ser entendido pela capacidade de inferência do estudo. Para entender isso, um exemplo é útil. Certamente, a população (externa) que compreende portadores de depressão é enorme e, por mais representativa que seja a amostra, ela só vai conseguir coletar uma parte desta população, que aqui recebe o nome de População alvo. Por exemplo, a população alvo é formada pelas pessoas deprimidas da Zona Sul do Rio de Janeiro, enquanto a população externa é composta por todos os brasileiros que apresentam este quadro clínico.

Tudo bem até aqui?
Agora imagine que você tenha intenção de realizar uma pesquisa com portadores de depressão. Qual o número de pacientes que você deverá ter em sua base de dados para que seu alcance inferencial seja adequado ?

Recentemente, em nosso curso de Estatística, os estudantes tiveram dúvidas de como calcular o tamanho amostral. Esta é uma questão bastante discutida no tópico de probabilidade e a resposta é fundamental para que o pesquisador consiga planejar, corretamente, todo o procedimento. Visando auxiliar a todos, preparei um arquivo em excel que faz o cálculo do tamanho de amostra necessário.

Você pode baixar o programa clicando aqui. A utilização é bem intuitiva e basta você indicar os dados relacionados ao tamanho populacional e dados sobre o erro disposto a aceitar e a randomização populacional.

Esta postagem tem o intuito de estimular a todos nos estudos. Futuramente, novas publicações sobre amostragem serão realizadas!

Caso você goste de estatística, você pode se inscrever para nosso curso.

Um forte abraço,
Luis Anunciação
Psicometria (PUC-Rio)